Conhecendo as fases do trabalho de parto

Saber o que vai acontecer durante todo o trabalho de parto é fundamental para garantir mais segurança e autonomia nas decisões da gestante durante esse momento tão aguardado.
Muitos estudos comprovam que a mulher que conhece os sinais de cada fase e sabe o que está acontecendo com seu corpo, tem uma transição mais tranquila em cada estágio. Por isso, é muito importante, durante o pré-natal, conversar e esclarecer todas as dúvidas e receios com seu obstetra e, quando possível, ser acompanhada, também, por uma fisioterapeuta pélvica e uma enfermeira obstetra.


Conhecendo as fases do trabalho de parto

A primeira fase é chamada de pródromos. Nesse estágio, as contrações ficam irregulares e espaçadas, às vezes durante a semana inteira.
Na sequência, vem a fase latente – que é a mais demorada. As contrações vêm e podem ser acompanhadas de dor ou não, mas ainda não possuem uma regularidade. Nesse momento, o ideal é tentar descansar, comer bem, aproveitar os momentos a dois para relaxar em meio à espera.
Segundo nossa enfermeira obstetra Larissa Valenzuela, o que pode ajudar é um banho quente, acupuntura para diminuir a ansiedade e para estimular o trabalho de parto. “É importante que a gestante comunique a equipe sobre as mudança, para podermos decidir o melhor momento da ida ao hospital. Evitando, assim, uma internação precoce”, explica.

A próxima fase é chamada de ativa, quando as contrações estão ritmadas e ocorre aumento da dilatação cervical. Nesse período, geralmente, as contrações costumam ser desconfortáveis – com uma frequência de pelo menos de 5/5 minutos e vão ficando cada vez mais próximas.
É nesse momento que se deve ir para o hospital, para ser avaliada pela equipe técnica do parto e iniciar a monitorização materno-fetal.
Acolher de maneira respeitosa e usar todos os recursos possíveis para lidar melhor com a dor durante o trabalho de parto também é muito importante. “Devemos utilizar tudo que for possível é seguro para aliviar a dor, como a ambiência e os métodos não farmacológicos, como luz baixa, ambiente tranquilo, musicoterapia, massagem, respiração, termoterapia (banhos de chuveiros / ou banheura), mudança de posição, aromaterapia, rebozo”, explica Larissa.
A próxima fase é a de transição, período em que a mulher está com dilatação completa. Nesse momento, é importante trabalhar com posições para auxiliar no conforto e a descida do bebê na pelve.
Na sequência, começa o período expulsivo, que é o mais esperado do nascimento do bebê. Geralmente a paciente sente os famosos “puxos”, que é quando o bebê está forçando o períneo para conseguir nascer.
A última fase é a dequitação, na qual ocorre a saída da placenta. É o momento em que a paciente já está feliz, sem dor e com o bebê no colo! Vale lembrar que, neste momento, é importante que a mãe receba seu bebê no colo, ofereça o peito e inicie de maneira tranquila esse vínculo tão preciso entre mãe e filho.
A primeira hora de vida é um momento especial e muito importante para o recém-nascido, é o momento de adaptação dele aqui fora. A termorregulação do recém-nascido ainda é imatura, ele não consegue se esquentar sozinho, e o calor do corpo da mãe passa para o bebê. Ele vai se acalmando, ouvindo o barulho do coração da mãe, as vozes dos pai também, e vai entendendo que nasceu.
Na primeira hora de vida, o bebê geralmente é ativo e curioso, então já aproveitamos para estimular a amamentação na própria sala de parto. Bebês que mamam na sala de parto têm mais chances de sucesso na amamentação. Mas nem todos os bebês vão mamar na sala de parto, o importante é estimular a sucção para que ele entenda que aqui fora vai precisar buscar o próprio alimento.

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